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ARTIGOS

28
AGO 2012

LIMITES...

Educar, basicamente, é dar afeto, toda atenção, apoio e estímulo para que a criança se desenvolva naturalmente. Não é muito difícil. À parte difícil  é estabelecer limites, determinar o que a criança pode e não pode fazer,  o que  ela deve e não deve fazer; e levá-la a aceitar esses limites, comportando-se de acordo com eles.

Os limites são de fundamental importância na educação, porque eles influem diretamente no desenvolvimento da personalidade, estabelecendo o comportamento da criança e facilitando sua socialização.

Dar limite é . . .

Ensinar que os direitos são iguais para todos;
Ensinar que existem OUTRAS pessoas no mundo;
Fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros;
Dizer “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário;
Só dizer “não” as crianças quando houver uma razão concreta;
Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não podem ser feitas;
Fazer a criança ver o mundo com a conotação social (conviver) e não apenas psicológicas (o meu desejo e o meu prazer são as únicas  coisas que contam);
Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os  problemas da vida possam ser superados  com equilíbrio e maturidade (a criança que hoje aprendeu a esperar a sua vez de ser servida à mesa amanhã não considerará um insulto pessoal esperar a vez na fila do cinema ou aguardar três ou quatro dias até que um chefe dê um parecer sobre sua promoção);
Desenvolver a capacidade de adiar satisfação (se não conseguir emprego hoje, continuará a lidar sem desistir ou, caso não tenha desenvolvido esta habilidade, agirá de forma insensata e desequilibrada, partindo, por exemplo, para a marginalidade, o alcoolismo ou a depressão);
Evitar que a criança cresça achando que todos no mundo têm de satisfazer seus mínimos desejos e, se tal não ocorrer (o que é o mais provável), não conseguir lidar bem com a menor contrariedade, tornando-se, aí sim, frustrado, amargo ou, pior, desequilibrado emocionalmente;
Saber discernir  entre o que é uma necessidade dos filhos e o que apenas desejo;
Ensinar que a cada direito corresponde um dever e principalmente...
Dar o exemplo (quem quer educar crianças que respeitem a lei e os homens tem que viver seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios).

Como não perder a autoridade ao disciplinar

É muito mais fácil perder a autoridade do que conquista-la. Portanto, ao lidar com as crianças lembrem-se:

Cumpra o que disse (seja prêmio ou conseqüência)

Ameaçou, execute;
Prometeu, faça.

Seja coerente

O que não pode, não pode nunca (salvo raras exceções);
Não mude de atitude como quem muda de roupa (ou de acordo com seu humor).

Faça com que as crianças gradualmente assumam responsabilidades

Deixe que eles participem das decisões sobre prêmios ou conseqüências – isso ajuda a amadurecer e compromete a criança e os jovens, que aderem mais ao que ajudam a construir (mesmo que sejam sanções para  eles próprios).

Cuidado com o que você diz e com o modo como diz

Critique o ato, nunca a pessoa ou a personalidade da criança;
Trate apenas o assunto que se está analisando naquele momento (não desenterre fantasmas do passado, a não ser que tenham relação com o caso);
Não fique “com Pena” se a criança ficar triste, chorar ou se negar a falar com você, por ter sido responsabilizada. Lembre-se: é melhor que ela fique triste hoje, mas aprenda a respeitar o outro, a si própria e a palavra empenhada, do que sofrer amanhã por não ter compreendido como funcionam o mundo e a sociedade. Você, adulto, é que precisa ter uma visão mais ampla e de mais longo prazo.

Necessidades entre 1 e 4 anos

Desde o momento em que começa a se relacionar, primeiro com os pais, depois com outros membros da família e, em seguida, com a comunidade, a criança até os 4 anos, entre outras coisas, precisa muito:

Sentir-se desejada, amada e necessária;
Receber cuidados , proteção e segurança;
Ser apreciada, aceita e fazer parte do grupo;
Ter a oportunidade de explorar, brincar e aprender a cuidar de si mesma (vestir-se e usar o banheiro, aos 2-3 anos);
Repousar durante o dia;
Dormir cerca de 12 horas por noite;
Etc.

Necessidades entre os 5 e 7 anos

De conversar sobre o que pensa e sente;
De se comunicar com os pais e ser ouvida;
De compreender normas e valores;
De aprovação dos pais e de outras pessoas com quem convive;
De carinho: é muito afetiva nessa idade;
De dormir cerca de 11 horas por noite;
De saber sobre diferenças entre os sexos;
De muita atividade física;
De independência cada vez maior;
De iniciativa e imaginação;
De conhecer o mundo que a cerca;
Etc.

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