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JUL 2017
AS CRIANÇAS E A TECNOLOGIA
Se, há pouco tempo, só encontrávamos crianças brincando com carrinhos e bonecas, nos dias atuais, percebemos uma realidade bem diferente, pois os hábitos infantis mudaram. Atualmente, muitas crianças pequenas estão familiarizadas com jogos eletrônicos e/ou já possuem um celular que vêm com várias funções e aplicativos. Talvez o que menos fazem nos celulares é ligar e receber chamadas; provavelmente utilizam mais o aparelho para ter acesso à internet, jogar, tirar fotos, etc.
A televisão também tem sido tema debatido em reuniões de pais, nas escolas. Os educadores encaram a televisão como um veículo que influencia em diversos âmbitos da vida social. É impossível negar o fascínio que todas estas tentações proporcionam nas crianças e também nos adultos. O ideal é que o uso de celulares, tablets, computadores, televisão e jogos eletrônicos sejam limitados e acompanhados de perto pelos pais. Além disso, como a tendência infantil é imitar os adultos, de nada adianta limitar o uso da tecnologia pela criança e você, pai e mãe, ficar por horas e horas olhando um visor de celular, por exemplo, e deixar de dar atenção a ela.
Muitos pais se questionam se o uso da tecnologia é mesmo prejudicial aos seus filhos. Alguns acreditam ser uma das alternativas de lazer e entretenimento mais segura nos dias atuais. Com o crescimento das cidades, as ruas se tornaram mais perigosas e violentas. Praticamente não é possível às crianças brincar sem perigo nas ruas. Em geral, elas precisam passar muito tempo dentro de casa ou do apartamento. Nesses casos, muitas vezes, a companhia da televisão com seus desenhos animados, ou do tablet com suas diversas opções de aplicativos e joguinhos, passa a ser uma das melhores alternativas. Mantendo seus filhos dentro de casa, os pais têm a sensação de segurança, pois os filhos não estão nas ruas. Porém, é aí que pode estar o perigo! Visando a essa segurança, os pais deixam as crianças livres em frente a uma televisão ou a um tablet, para assistirem e mexerem no que quiserem, no tempo que quiserem.
Quanto menor e mais frágil for a criança, maior a possibilidade de sofrer influências das mensagens transmitidas pela televisão e pelos aplicativos do tablet (isso sem falar na possibilidade da criança acessar canais de vídeo no próprio tablet). Ela pode se deparar com personagens que apresentam comportamentos questionáveis, agressivos e violentos nos quais poderá se espelhar. Assim como toda criança tem tendência à imitação, ela pode vir a reproduzir os comportamentos que vê nos vídeos e na televisão, pois pode não conseguir distinguir precisamente a realidade da ficção. Tudo depende do que essa criança assiste e de como ela está sendo orientada pelos adultos que convivem com ela diante das informações transmitidas pela televisão e aplicativos.
Confira, abaixo, algumas dicas do que pode ser utilizado com maior sucesso para o desenvolvimento dos seus (uas) filhos (as).
♦ Se o programa era assistir à novela com a criança, que tal trocar, nem que seja uma vez na semana, pela leitura de um livro?
♦ Criança precisa de espaço para explorar, andar, correr, pular. Crie um "cantinho” na casa para a criança brincar e se movimentar. Se for impossível, que tal aquele passeio até a pracinha, pelo menos uma vez ao dia?
♦ Desligue a televisão e os tablets na hora da refeição, tendo assim um momento privilegiado de convívio em família.
♦ Nunca coloque a televisão no quarto das crianças. Coloque sim somente os brinquedos, jogos e alternativas de diversão. Não! O computador e o tablet não se encaixam como uma alternativa.
♦ Selecione os programas mais adequados de acordo com a idade da criança. O ideal da criança. O ideal é que você veja com seu (ua) filho (a). Assim, é possível ter uma forma de filtrar conteúdos.
Fonte: Positivo
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